sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Antes de dormir



A Tempestade

Estou sentado.
ali quieto, pensando em nada,
feito pedra bem parado!
Enquanto os pássaros em revoada.

Vem o vento, com aquele cheiro
a poeira só subindo
vai limpando o terreiro
e as gotas vão caindo!

I Want!

Eu quero um doce,
eu quero um beijo,
um arrepio, um cutucão.
e que libertem o meu desejo,
desse temeroso apagão!
Conte-me da sua vida.
Esta tudo bem no seu caso?
Deram-me uma passagem só de ida
para um encontro ao acaso.
De repente, ta tudo ao contrario!
Pois desconheço a realidade
na TV me chamam de otário
tentando esconder a verdade.
Chega, eu me demito!
E rasgo a identidade,
para o carro e eu pulo fora!
Quero sair dessa cidade.
E já não sei mais o que quero
dessa mentira maquiada
E por enquanto eu só espero...

A Rima

Tenho que ir devagar...
Pois nem tudo é correria,
tem que se deixar levar,
quando se trata de poesia.
A mistura só enriquece,
ainda mais bem aplicada.
Às vezes ate da certo
se for bem delineada.
Pode ser lida ou falada,
dócil ou bem nervosa,
cantada, orquestrada.
Isso daqui é prosa!

A Praça

A palavra ou o sentimento?
O gesto ou o ato?
Nem tudo é sofrimento
quando se escolhe um lado.
Pega as brancas eu pego as pretas,
vou me esquecer da histeria.
-Pois diz ai quem não tem tretas
se não viver o dia-a-dia?
Falei ontem com uma amiga
um bate papo virtual.
Ela se mudou pra campinas
pertinho da capital.
E minha vida continua
devagar vou de carroça,
Pois quem tem pressa, perde a rua
e eu não vou pisar na poça.

Paradoxos Temporais

O que esta acontecendo?
Agora o tempo passa depressa...
E eu simplesmente vou fazendo,
sem a mínima pressa.
A minha essência se esvaiu.
onde ficou a alegria de sonhar?
Aqueles papos de criança,
de sentar e desenhar.
Agora é outro verso!
Sem rima, de sentença pobre.
porque a janela foi fechada
nem tudo aqui é nobre!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Nos dominios da deusa!

Sufocai-me oh donzela pálida
Revele todo o magistral da sua natureza desafiadora
Derrame em meu âmago, o acido lisérgico da loucura
Expelindo assim o elixir da evolução
Dai-me o prazer da descoberta
Mostre a verdade sobre todas as coisas
Cante uma canção baixinha no meu ouvido
e me embale de leve para o sono eterno
Regurgites sobre mim a nobreza dos vermes
Os únicos amaldiçoados a compartilhar a minha carne
Destile a verdade universal
A crueldade antropomórfica da energia celestial
Cure-me da organização civilizada doentia
Dissemine no ar a minha essência
Propagando o meu viver...

sábado, 3 de janeiro de 2009

Eu?


E por um tempo eu quis ficar ali...
Menosprezando o orgulho,
Mergulhado na minha profunda incumbência
Quis ficar e sentir devagar minha própria doçura
E aqueles segundos pareciam horas...
Compenetrada tortura!
Em pensar que vivi mergulhado no meu pior pesadelo
Durante minha vida eu me escondia no armário
Procurando razoes para cria um monstro
E colocá-lo La fora.
Por um momento, eu estive desaparecido, mas nada mudou...
Gosto quando os dias passam como chuva.
Sem gosto, sem ideais, sem tristeza.
Oh, como minha alma clama por um temporal!
Que molhe todas as flores secas.
Ontem mesmo, os vasos se partiram.
As flores cresceram de tamanha ternura.
Foi um dia de sol.
Hoje mesmo é um dia que vai ser ontem.
Faça chuva ou faça sol, vai passar.
Pra que eu diga que hoje é ontem novamente.