Tu me apareceste novamente
vestida em preto e lembranças
trazendo em mente
antigas amadas tranças
mistura alcoólica que me embriaga
e me afaga...
ao reviver o cafuné!
Trama essa que não se desfaz
e não se refaz...
e alguns dizem que é melhor se sofrer junto
que viver feliz sozinho...
eu que vive um sonho sortido
feito de âmbar e chocolate
eu que não aproveitei
cultivei em ti o amargo
e doce fel do desespero
E francamente me perdi
em versos de rima torta
e me lembrei de como agora
o dia em que te peguei em porta
e tudo começou
e tudo terminou
só me restou um verso de afago
que traz meu cafune diário
em densa verde arvore complacente
em ritos de fumaça ardente
que diz:
“Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não - Poetinha”.