sexta-feira, 3 de junho de 2011

Cafuné

Tu me apareceste novamente
vestida em preto e lembranças
trazendo em mente
antigas amadas tranças

mistura alcoólica que me embriaga
e me afaga...
ao reviver o cafuné!

Trama essa que não se desfaz
e não se refaz...
e alguns dizem que é melhor se sofrer junto
que viver feliz sozinho...

eu que vive um sonho sortido
feito de âmbar e chocolate
eu que não aproveitei
cultivei em ti o amargo
e doce fel do desespero

E francamente me perdi
em versos de rima torta
e me lembrei de como agora
o dia em que te peguei em porta
e tudo começou
e tudo terminou

só me restou um verso de afago
que traz meu cafune diário
em densa verde arvore complacente
em ritos de fumaça ardente
que diz:
“Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não - Poetinha”.

quarta-feira, 2 de março de 2011

...I heard someone saying love's bitter, well, i didn't disagree
But later when i was sleeping i've been waken by a dream
I don't remember well, but i only know it was about you
Then i passed all the day upset till i accept that i love you
But you know life goes on, as it goes on your life
And i'd be lying if i said that someday i'll be back
Cause these words haunt myself, i prefer to ignore the pain
Cause i'll always love you, but i don't want to see you again...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Por uma vida mais bela e uma juventude mais docê...

O céu ontem estava lindo estrelas brilhantes reluziam como fogos
eu me lembro de acompanhar a constelação de Orion por um longo período...
E o universo se despedaçava em uma beleza incomensurável, como testemunha
presencial dos meus atos, eu escravo de meus desejos, espectro que cavalga
pelas latrinas do tempo e espaço, absorvendo do todo e compartilhando com tudo.
Testemunha fiel de minhas falhas e acertos, filho imaculado da noite, guerreiro que
tenta por eras vencer a si mesmo.

"Não consigo parar de pensar nas sabias palavras de Vinícius"

"Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos
no espaço.

E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono
desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada"