quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lembrança

Seria difícil dizer quando houve essa mudança dentro dele.
Não foi repentina. Não foi um súbito despertar. Foi uma caminhada, lenta, dorida,
rumo ao equilíbrio. À medida que caminhava mais se fortalecia.
Tudo aquilo que antes o aterrorizava e o afligia, parecia menos ameaçador.
Desaparecera muito do que tinha importância, pois finalmente enfrentara
e domara o monstro do abandono.
De todos os seus medos, perdê-la parecia o pior, no entanto ele a perdeu
e descobriu que a vida era possível sem ela.
A ausência dela não mais lhe doía.
Guardaria com ele o que aprendera com ela,
assim como ela ficaria com o melhor dele.
O tempo dos dois havia acabado.
A história deles jamais chegaria até o fim.

2 comentários:

Samy Vallo disse...

as lembranças que te impedem de acordar do triste sono,do triste devaneio que é a maldita realidade....


amei o poema...mto forte,intenso,descrição minimalista perfeita,amei...parabéns

†Julie♪ disse...

A história deles continua no indefinido infinito^^

Belo poema coisa!!!
=**